Educação financeira como forma de diminuir o endividamento da população

Segundo o Banco Central (BC), o endividamento entre os brasileiros bateu recorde em agosto: 45,36% da renda do trabalhador nos últimos 12 meses esteve comprometida; no mês anterior, o índice era de 45,10%. Uma das consequências desse fato é a inadimplência, que é uma realidade para milhares de pessoas.

A exaltação ao consumo pelas publicidades apelativas, a facilidade de crédito e a falta de educação financeira da população são os principais aspectos que fazem com que os indivíduos não respeitem o seu padrão de vida e acabem consumindo compulsivamente, sem conseguir sair dessa situação e se enrolando cada vez mais com as contas.

O grande problema é que, os impactos desse desequilíbrio financeiro são muito mais amplos, atingindo não somente a pessoa que se descontrola, mas também a família, os amigos e até a empresa em que trabalha. Para mudar essa situação e promover o bem-estar de todos os envolvidos, é preciso se reeducar financeiramente, buscando informações em cursos, palestras e livros, como o Terapia Financeira (Editora DSOP), de minha autoria, no qual explico a Metodologia DSOP e o passo a passo para finalmente ter o controle sobre a vida financeira.

O preocupante é que já há um aumento no índice de endividados entre os mais jovens, que ainda estão se inserindo no mercado de trabalho, o que faz com que seja necessário que as pessoas entrem em contato com o tema o quanto antes. O caminho é inserir Educação Financeira na grade curricular de escolas privadas e públicas de todo o país, assim como já fazem centenas delas, adotando todo o Programa DSOP de Educação Financeira, voltado para todos os ciclos do ensino (do Infantil ao Médio).

Um dos aspectos que ajuda – e muito – as pessoas a entenderem o conceito da educação financeira e a mudarem seus hábitos com relação ao uso do dinheiro é o ato de relacionar os sonhos. Uma pessoa que não tem seus objetivos bem definidos não vê sentido em poupar e, quando poupa, fica vulnerável a gastar com coisas supérfluas.

Aconselho sempre a pensar em, pelo menos, três sonhos: de curto (até um ano), médio (até dez anos) e longo prazos (acima de dez anos). É necessário saber exatamente quanto cada um deles custa e quando poderá guardar por mês, para saber em quanto tempo conseguirá realizá-los. O segredo é poupar mensalmente para os três simultaneamente, pois, caso contrário, a pessoa acabará desistindo de algum.

No caso dos endividados, claro, sair das dívidas deve estar na lista dos sonhos. O primeiro passo, então, é ter ciência do valor delas e do seu orçamento mensal. Faça um diagnóstico financeiro para saber como poderá reduzir os gastos. Assim que tiver condições, vá até o seu credor e converse com ele, tentando renegociar as dívidas. Nunca tente começar a quitá-las sem poder, porque, se não, vai acabar se enrolando mais ainda. Falo um pouco mais sobre isso na minha obra Livre-se das dívidas (Editora DSOP).

A educação financeira, sem dúvida, é a melhor forma de construir uma geração mais consciente no futuro e, assim, diminuir o triste índice de endividamento que existe hoje.

Fonte: Unidade Paulista